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BENITO TESIER SIERRA, Director Geral Corporación Upwards 98 (Brembo Espanha)

Benito Tesier Sierra, Director Geral Corporación Upwards 98 (Brembo Espanha), sublinha um ponto chave: “A eventualidade de alguém colocar peças não-controladas, abaixo das normas mínimas de segurança e escapando à homologação é algo que deveria ser controlado por lei”.
15 Jul. 2016
BENITO TESIER SIERRA, Director Geral Corporación Upwards 98 (Brembo Espanha)
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1. Qual é o futuro do negócio de aftermarket dentro da Brembro?A Brembro nasceu como uma companhia de aftermarket e embora tenha chegado a líder de OE (Equipmento Original) durante a sua surpreendente história, nunca perdeu o foco no aftermarket. Além disso, as grandes sinergias técnicas e industriais, com a experiência adquirida em OE e Competição, trouxeram soluções e inovações para o aftermarket que todos os parceiros...
1. Qual é o futuro do negócio de aftermarket dentro da Brembro?
A Brembro nasceu como uma companhia de aftermarket e embora tenha chegado a líder de OE (Equipmento Original) durante a sua surpreendente história, nunca perdeu o foco no aftermarket. Além disso, as grandes sinergias técnicas e industriais, com a experiência adquirida em OE e Competição, trouxeram soluções e inovações para o aftermarket que todos os parceiros da Brembo poderiam oferecer aos seus clientes. 
2. Várias companhias OE, tais como a Brembo, organizam o seu modelo de negócio de aftermarket em apenas 1 ou 2 produtos. Pensa que esta posição é sustentável no futuro?
Nós temos provas que em muitos mercados há uma clara necessidade de uma parceria com fornecedores de sistemas em vez de especialistas para apenas um produto. A Brembo está claramente a direcionar as suas estratégias neste sentido, adicionando pastilhas, componentes hidráulicos, maxilas e kits traseiros à sua oferta tradicional de discos de travões e tambores. É também claro que nós não consideramos ampliar o nosso portfólio a outros produtos que não sejam consistentes com o nosso núcleo de competências e com o nosso "know-how”. 
3. Devido à pressão nos preços, o mercado tem testemunhado o aumento de companhias que compram peças não homologadas a países de baixo custo, colocam-nas em embalagens bonitas e vendem-nas com uma marca. Como vê este problema? É uma ameaça à Brembo?
Enfrentamos esta questão várias vezes e já tivemos muitas ocasiões para expor a nossa posição em relação a este assunto: a oportunidade para disfrutar de produção de baixo custo é sempre válida e é um pilar na economia global; não esperamos que no nosso segmento especifico esta tendência seja revertida. Contudo, o foco não deve ser na fonte mas na qualidade dos produtos, a oportunidade de monitorizar e assegurar um nível técnico consistente e um processo industrial uniforme. A Brembo tem uma pegada industrial muito competitiva que assegura a nossa oportunidade de oferecer o produto certo para todos os mercados com o posicionamento correto. A eventualidade de alguém colocar peças não-controladas, abaixo das normas mínimas de segurança e escapando à homologação é uma ameaça para todos, principalmente para instaladores e condutores. Isto é algo que deveria ser controlado por lei.

4. Pensa que a marca ainda é uma mais-valia?
No cenário do mercado atual, a marca pode ser um ponto de referência para o consumidor. Se eu pensar no nosso portfólio de produtos, refiro-me aos componentes de segurança, nós temos que garantir ao consumidor que a imagem de topo que os nossos produtos têm, é realmente revertida para os nossos produtos. O "know-how” da Brembo na produção de sistemas de travagem para fabricantes de automóveis de renome e a experiencia adquirida nas corridas, permitem-nos oferecer uma gama completa de produtos confiáveis para o aftermarket independente. Há mais de 50 anos que os nossos clientes têm beneficiado de todo o nosso "know-how” - considerando que a Brembo é uma companhia focada na pesquisa e desenvolvimento - com informações técnicas em primeira mão, serviços exclusivos e conteúdos interessantes. Estes são os valores que uma marca bem conhecida traz ao mercado: qualidade, confiabilidade, inovação e serviços exclusivos. 
5. A crise está a impedir as pessoas de comprar carros novos na Europa, isto significa que o aftermarket independente esta a beneficiar desta conjuntura?
Em tempo de crise o primeiro sector do mundo automotivo a sofrer é o sector do OE, porque as pessoas não compram carros novos e continuam a utilizar os seus veículos habituais. De facto, em tempos de grande crise como este, percebemos que as pessoas estão a restringir o uso dos seus veículos e sabemos também que em alguns países houve uma queda no consumo do combustível. Isto significa que as pessoas estão a tentar limitar a utilização dos seus carros tanto quanto possível. A curto prazo, isto leva a uma redução dos custos de manutenção dos veículos com uma consequente estagnação das vendas no IAM. A médio prazo, esperamos uma inversão desta tendência com o aumento das vendas no IAM quando a crise ainda não tiver chegado bem ao fim, mas a recessão já tiver acabado. 
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