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Henkel: Queda nas vendas 1º semestre

Vendas semestrais atingem 9.485 milhões de euros, nominal: -6,0%, orgânico: -5,2%. Lucro operacional de 1.191 milhões de euros, -27,5%.
10 Ago. 2020
Henkel: Queda nas vendas 1º semestre
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- Margem EBIT em 12,6%, -370 pontos base- Lucro por ação preferencial (EPS): -29,2% a 1,96 euros, -28,2% a taxas de câmbio constantes- Fluxo de cash flow de 938 milhões de euros, situação financeira líquida melhorada "No primeiro semestre de 2020, a Henkel foi substancialmente impactada pela significativa desaceleração económica global e pelo acentuado declínio da procura em muitos setores. Durante esta crise global sem precedentes, o nosso...
- Margem EBIT em 12,6%, -370 pontos base
- Lucro por ação preferencial (EPS): -29,2% a 1,96 euros, -28,2% a taxas de câmbio constantes
- Fluxo de cash flow de 938 milhões de euros, situação financeira líquida melhorada

"No primeiro semestre de 2020, a Henkel foi substancialmente impactada pela significativa desaceleração económica global e pelo acentuado declínio da procura em muitos setores. Durante esta crise global sem precedentes, o nosso foco está em proteger os colaboradores, fornecer clientes, garantir a continuidade dos negócios e apoiar as comunidades. Graças ao incrível espírito de equipa e sentido de compromisso dos nossos colaboradores em todo o mundo, conseguimos assegurar todos estes pontos na primeira parte do ano. A amplitude de nosso portfólio, quer nos negócios orientados para a indústria quer para o consumo, ajudou-nos a equilibrar o impacto da crise no desempenho global de vendas e lucros: nos primeiros seis meses de 2020, alcançamos vendas de cerca de 9.500 milhões de euros, um lucro operacional de 1.200 milhões de euros e margem EBIT de 12,6%. Pagamos o dividendo total de 2019 aos acionistas e fomos capazes de gerar um fluxo de cash flow muito forte e melhorar ainda mais a nossa posição financeira líquida. Durante a crise, não promovemos a redução dos horários de trabalho, não solicitámos ajuda governamental ou reduzimos as equipas de trabalho devido à pandemia. Em resumo, assegurámos um desempenho geral robusto num contexto excecionalmente desafiador”, afirmou Carsten Knobel, CEO da Henkel.

A Henkel registou vendas de 9.485 milhões de euros no primeiro semestre de 2020. Representa uma queda de -6,0% em termos nominais e -5,2% em termos orgânicos em comparação com a primeira metade do ano anterior. A Henkel também alcançou um lucro operacional ajustado de 1.191 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2020, -27,5% abaixo do ano anterior. A margem EBIT ajustada foi de 12,6%, -370 pontos base abaixo do período do ano anterior.

No decorrer dos primeiros seis meses, a unidade de negócio de Adhesive Technologies foi impactada principalmente pela queda significativa da procura das principais indústrias clientes. O desempenho da unidade de Beauty Care foi afetado principalmente pelo resulto negativo do negócio dos salões de cabeleireiro, impulsionado pelo encerramento desta atividade imposto em vários países. Laundry & Home Care registaram um desenvolvimento muito acentuado, apoiado por um aumento da procura de produtos de limpeza.

"Dadas as incertezas contínuas não nos é possível, neste momento, apontar uma nova e confiável perspetiva para o ano inteiro", refere Carsten Knobel.

"Enquanto gerimos a atual crise, continuamos totalmente dedicados à nossa ambiciosa agenda de crescimento para os próximos anos. Iniciámos as primeiras iniciativas alinhadas com o novo enquadramento estratégico e continuaremos a impulsionar ativamente a implementação da nossa agenda para o crescimento intencional.”

Desempenho de vendas e lucros no primeiro semestre de 2020

Em 9.485 milhões de euros, as vendas da Henkel no primeiro semestre de 2020 foram -6,0% abaixo do período do ano anterior (segundo trimestre: 4.558 milhões de euros; -11,0%). As vendas orgânicas, que excluem o impacto dos efeitos cambiais e aquisições/ desinvestimentos, mostraram um desenvolvimento negativo de -5,2% (Q2: -9,4%). 

A contribuição de aquisições e desinvestimentos totalizou 0,3% (Q2: 0,2%). Os efeitos cambiais tiveram um impacto negativo de -1,1% nas vendas (Q2: -1,9%).

Os mercados emergentes revelaram um desenvolvimento orgânico de vendas de -2,6% (Q2: -7,1%). Os mercados maduros apresentaram um desenvolvimento orgânico negativo de vendas de -6,9% (Q2: -10,9%).

As vendas desta metade do ano na Europa Ocidental apresentaram um desenvolvimento orgânico negativo de -8,0% (Q2: -11,6%). A Europa Oriental alcançou um crescimento orgânico de 3,1% (Q2: -3,8%). Na África / Médio Oriente, as vendas cresceram organicamente em 4,2% (segundo trimestre: 1,4%). A América do Norte registou um desenvolvimento orgânico de vendas de -6,4% (Q2: -10,9%). A América Latina mostrou um desenvolvimento orgânico de vendas de -11,4% (Q2: -20,1%). Na região Ásia-Pacífico, as vendas diminuíram organicamente em -6,4% (Q2: -7,2%).

O lucro operacional ajustado (EBIT) diminuiu -27,5% de 1.641 milhões de euros no primeiro semestre do ano anterior para 1.191 milhões de euros em 2020.

O retorno ajustado das vendas (margem EBIT) nos primeiros seis meses alcançou 12,6%, -3,7 pontos percentuais abaixo do ano anterior.

O lucro ajustado por ação preferencial diminuiu -29,2%, de 2,77 euros no primeiro semestre de 2019 para 1,96 euros. A taxas de câmbio constantes, os ganhos ajustados por ação preferencial diminuíram -28,2%.

O capital circulante líquido melhorou ainda mais para 4,4% das vendas, significativamente abaixo do período do ano anterior (6,7%).

O Free cash flow permaneceu muito forte , atingindo 938 milhões de euros no primeiro semestre de 2020 (primeiro semestre de 2019: 990 milhões de euros).

A 30 de junho de 2020, a posição financeira líquida da Henkel melhorou para -1.951 milhão de euros (31 de dezembro de 2019: -2.047 milhões de euros) - apesar do pagamento de um dividendo de cerca de 800 milhões de euros no segundo trimestre.

Desempenho das unidades de negócio no primeiro semestre de 2020

No primeiro semestre de 2020, as vendas da unidade de negócios de Adhesive Technologies foram nominalmente -12,2% abaixo do nível do ano anterior, atingindo 4.153 milhões de euros (Q2: 1.944 milhões de  euros, -19,7%). Organicamente, o  desenvolvimento  de v endas foi de -10,9% (Q2: -17,4%). O desenvolvimento no primeiro semestre e principalmente no segundo foi impactado por um declínio significativo da produção industrial e automóvel como resultado da pandemia. O lucro operacional ajustado diminuiu 36,6% e atingiu 543 milhões de euros. Em 13,1%, o retorno ajustado das vendas ficou abaixo do nível do primeiro semestre de 2019. O declínio da margem deveu-se, em especial, ao volume de vendas significativamente inferior como resultado da pandemia.

Na unidade de negócios de Beauty Care, as vendas no primeiro semestre de 2020 apresentaram um desenvolvimento orgânico de -8,5% (Q2: -12,8%). Nominalmente, as vendas ficaram -7,4% abaixo do nível do ano anterior, atingindo 1.818 milhões de euros (Q2: 883 milhões de euros, -11,9%). O desenvolvimento deve-se principalmente ao impacto negativo da pandemia no negócio dos cabeleireiros. O lucro operacional ajustado atingiu 172 milhões de euros e ficou -35,4% abaixo do nível do primeiro semestre de 2019. O retorno ajustado das vendas apresentou um desenvolvimento negativo e atingiu 9,4%, impactado principalmente pelo declínio do volume de vendas nos negócios dos salões de cabeleireiros.

A unidade de negócios de Laundry & Home Care gerou um crescimento de vendas orgânico de 4,9% no primeiro semestre de 2020 (Q2: 4,4%). Nominalmente, as vendas aumentaram 3,8%, para 3.460 milhões de euros (Q2: 1.705 milhões de euros, 2,3%). Em 531 milhões de euros, o lucro operacional ajustado foi -6,0% abaixo do período do ano anterior. Em 15,3%, o retorno ajustado das vendas ficou abaixo do nível do primeiro semestre de 2019, principalmente devido aos maiores investimentos em marketing e publicidade, bem como no digital e TI.
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