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A "não-mobilidade" e desemprego preocupa pós-venda das marcas

Segundo espelha o relatório “O pós-venda COVID, imunidade ou recaída?" da Solera, especialista em inteligência automóvel, elaborado para a Faconauto.
23 Nov. 2020
A "não-mobilidade" e desemprego preocupa pós-venda das marcas
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Se 2020 começou com uma previsão de receitas para o pós-venda de 14.500 milhões de euros, o impacto do COVID-19 vai deixá-los em pouco mais de 12.000 milhões, 17% menos, segundo o relatório "O pós-venda COVID, imunidade ou recaída?" da Solera, especialista em inteligência automóvel, elaborado para a Faconauto, patronato dos concessionários automóveis em Espanha, por motivo do "Observatório do Pós venda Oficial", que se realizou...
Se 2020 começou com uma previsão de receitas para o pós-venda de 14.500 milhões de euros, o impacto do COVID-19 vai deixá-los em pouco mais de 12.000 milhões, 17% menos, segundo o relatório "O pós-venda COVID, imunidade ou recaída?" da Solera, especialista em inteligência automóvel, elaborado para a Faconauto, patronato dos concessionários automóveis em Espanha, por motivo do "Observatório do Pós venda Oficial", que se realizou virtualmente hoje.

Entre os fatores que viraram as projeções em função da crise de saúde está a diminuição da quilometragem média, em torno de 15%, que terá seus efeitos no médio prazo dadas todas as manutenções mecânicas corretivas e preventivas que se dilatarão no tempo em função do menor desgaste das peças e elementos do carro.

E esta "não-mobilidade" não é apenas o resultado das restrições à mobilidade, mas também das consequências económicas delas decorrentes, quer do boom do teletrabalho, quer da perspectiva de 20% de desemprego que coloca Espanha em cifras próprias de 2011. Trata-se de uma ameaça à renda familiar, gerando um efeito dominó que impacta primeiro na menor mobilidade e, segundo, no menor volume de atividade na oficina.

No entanto, e ao contrário da crise económica anterior, em Espanha existem agora 50% mais veículos com menos de cinco anos do que então, o que é uma boa almofada para o pós-venda. São 6 milhões de carros rentáveis ​​para a oficina, que à priori fazem mais quilómetros e aos quais o condutor dedica uma manutenção mais exaustiva. Dessa forma, a área de pós-venda pode ser um bom incentivo para a lucratividade do concessionário, com uma contribuição líquida de 52%, que é maior que a da venda do veículo, que será mais impactada pela queda nos registos.

Segundo Marta Blázquez, Vice-Presidente Executiva da Faconauto, "as restrições à mobilidade, novamente necessárias para travar a pandemia desta segunda vaga, impedem a confirmação da recuperação do serviço pós-venda, que inevitavelmente será atrasado. Para isso, o fato de estarem acelerando sua transformação joga a favor dos concessionários, com um claro foco num cliente mais digital, com novas procuras e uma abertura para novos produtos e serviços de valor. Não há outra maneira do pós-venda continuar a liderar o negócio de distribuição oficial”.

Segundo o responsável pelo mercado de reposição da Solera, José Luis Gata, "se não houver remédio, a frota atual de mais de 12 anos em média continuará a aumentar e há uma ameaça crescente de ver mais carros na faixa de 15 a 20 anos em circulação, mais poluentes, com maior risco para a segurança rodoviária e, no pós-venda, não lucrativa. O famoso V da recuperação pode ser transformado em W se não houver medidas para corrigir a tendência ”.
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